Os estudantes Sem Terra da primeira turma de Medicina Veterinária para trabalhadores do campo participaram, na última quarta-feira (14), da aula inaugural na Universidade Federal de Pelotas (UFPel). O curso só foi possível depois de muita luta e significa uma vitória da classe trabalhadora e da Reforma Agrária.
Na carta lida durante a cerimônia de aula inaugural, que contou com a palestra do professor Dr. Humberto Tommasino, pró-reitor de Extensão da Universidad de la República Uruguay (UdelaR), os estudantes afirmaram que “para nós é de significativa importância, é um marco para a classe trabalhadora ver seus filhos terem acesso ao conhecimento científico nessa área tão importante para o desenvolvimento e o avanço das forças produtivas, das condições objetivas e subjetivas da vida”.
Para a estudante Cristina Fraga, assentada com os pais na cidade de Pontão (RS), estudar medicina veterinária é mais do que uma realização pessoal, é uma oportunidade de aplicar os conhecimentos adquiridos na academia para o aprimoramento e melhoramento do assentamento onde vive com a família. “Fui indicada por um coletivo para estudar e depois, no regime de alternância, no tempo comunidade, poder aplicar os conhecimentos que adquiri durante os estudos na Universidade”, relata.
Além disso, Cristina acredita que poderá realizar uma espécie de intercâmbio entre os estudos acadêmicos e o saber popular dos camponeses. “Como filha da classe trabalhadora, tenho o compromisso de me qualificar cientificamente e socializar meus conhecimentos respeitando os saberes populares do camponês.”
Na carta apresentada ao conjunto da organização MST, os estudantes reafirmam seu compromisso com a luta da classe trabalhadora. “Queremos dizer que antes de ser a turma especial de Medicina Veterinária, somos assentados, filhos e filhas da Reforma Agrária, da terra e da luta. Viemos aqui reafirmar o compromisso defendendo os princípios da organização: da direção coletiva, do trabalho, do planejamento, da disciplina, da dedicação ao estudo, da divisão de tarefas, da critica e autocrítica.”
A turma é composta por trabalhadores de 9 estados: RS, SC, PR, MS, SP, MG, CE, ES e MA, sendo 17 mulheres e 43 homens.
è isso aí, Juventude da classe trabalhadora, vamos mostrar nossa cara,,,Parabéns pelo BLOG!!!
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