quarta-feira, 25 de maio de 2011

Juventude do MST presente em mobilização da Via Campesina


A juventude do MST também participou das mobilizações dos pequenos agricultores e assentados da Reforma Agrária. Os trabalhadores e trabalhadoras da Via Campesina realizam duas grandes marchas em Porto Alegre e também ocuparam o pátio do Ministério da Fazenda nos dias 18 e 19 de maio. A juventude esteve sempre presente, participando de diversas atividades.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Vídeo sobre a mobilização dos pequenos agricultores e assentados



Os trabalhadores da Via Campesina realizaram manifestação em Porto Alegre para exigir do governo federal a renegociação das dívidas da agricultura familiar. A juventude também participou das ações.

Mais de 3.000 pequenos agricultores e assentados da reforma agrária participaram da marcha que seguiu pela Av. Borges de Medeiros até o prédio do Ministério da Fazenda na capital gaúcha.

Vídeo sobre a marcha

Uma marcha com mais de 3 mil pessoas pelas ruas de Porto Alegre encerrou a manifestação dos trabalhadores e trabalhadoras da Via Campesina no dia 19 de maio. Eles estavam acampados no pátio do Ministério da Fazenda desde a manhã do dia anterior. Na tarde de 19 de maio, eles partiram em marcha até o Palácio Piratini, onde realizaram um grande ato.


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Pequenos agricultores e assentados fazem marcha e protestam em Porto Alegre


Mais de 3 mil pequenos agricultores da Via Campesina realizaram na manhã desta quarta-feira, 18, uma grande marcha na capital gaúcha. Os trabalhadores do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), que integram a Via Campesina, marcharam pela Av. Borges de Medeiros, no centro de Porto Alegre até o prédio do Ministério da Fazenda. Os pequenos agricultores pretendem ficar no local por tempo indeterminado.
A marcha e a ocupação do pátio do prédio do Ministério da Fazenda é para exigir que o governo federal faça a renegociação das dívidas da agricultura familiar. “O ponto principal desta mobilização passa a ser a questão do endividamento, fundamentalmente com relação ao governo federal porque as dívidas junto ao governo do estado foram anistiadas. Mas isso não significa que não estamos pautando temas que dizem respeito ao governo do estado e que ainda não foram resolvidos”, informa Isaias Vedovatto, do MST. Somente no Rio Grande do Sul, os pequenos agricultores somam R$ 5 bilhões em dívidas vencidas ou que estão por vencer. Já no Brasil, o valor chega a R$ 30 bilhões. A renegociação é fundamental para a continuidade da produção, já que muitos pequenos agricultores e assentados da reforma agrária não conseguem mais acessar crédito devido às dívidas. A situação é preocupante, pois a agricultura familiar é responsável pelo abastecimento interno de alimentos - responde por 70% do alimento da mesa do brasileiro.
Os eventos climáticos como a estiagem, as enxurradas, o granizo, as enchentes e os vendavais resultaram em perdas significativas nas safras plantadas. As causas do endividamento são antigas e refletem os custos de produção muito altos, os preços baixos pagos aos pequenos produtores, secas frequentes, empobrecimento no campo e falta de políticas públicas de comercialização. Enfim, um modelo agrícola equivocado que enriqueceu as indústrias de insumos e agrotóxicos e empobreceu o povo do campo.

Os agricultores e assentados da Reforma Agrária exigem:
- A consolidação em um único contrato das dívidas de custeio e investimento dos camponeses e assentados da Reforma Agrária;
- Alongamento do prazo de pagamento para 15 anos, com 2 anos de carência e juro zero;
- Bônus de adimplência de 30% em cada parcela repactuada;
- Desconto de R$ 12 mil por família, incluindo o crédito emergencial;
- Acesso a novos financiamentos.



Fotos: Leandro Silva
Texto: Bianca Costa